quinta-feira, 21 de março de 2013

História do Cinema

CINEMA MUDO


Desde o início, inventores e produtores tentaram casar a imagem com um som sincronizado. Mas nenhuma técnica deu certo até a década de 20. Assim sendo, durante 30 anos os filmes eram praticamente silenciosos sendo acompanhados muitas vezes de música ao vivo, outras vezes de efeitos especiais e narração e diálogos escritos presentes entre cenas. Tendo destaque para Charles Chaplin, um dos pioneiros do cinema mudo em todo o mundo.


Hoje em dia, o cinema baseia-se em projeções públicas de imagens animadas. O cinema nasceu de várias inovações que vão desde o domínio fotográfico até a síntese do movimento utilizando a persistência da visão com a invenção de jogos ópticos. Dentre os jogos óticos inventados vale a pena destacar o thaumatrópio (inventado entre 1820 e 1825 por William Fitton), fenacistoscópio (inventado em 1829 por Joseph-Antoine Ferdinand Plateau), zootropo (em 1834 por Will George Horner) e praxinoscópio (em 1877 por Emily Reynaud). Em 1888, Emily Reynaud melhorou sua invenção e começou projetar imagens no Musée Grévin durante 10 anos.

Em 1876, Eadweard Muybridge fez uma experiência: primeiro colocou 12 e depois 24 câmeras fotográficas ao longo de um hipódromo e tirou várias fotos da passagem de um cavalo. Ele obteve assim a decomposição do movimento em várias fotografias e através de um zoopraxiscópio pode recompor o movimento. Em 1882, Étienne-Jules Marley melhorou o aparelho de Muybridge. Em 1888, Louis Aimée Augustin Le Prince filmou uma cena de cerca 
de 2 segundos, mas a fragilidade do papel utilizado fez com que a projeção ficasse inadequada.



William Kennedy Laurie Dickson, chefe engenheiro da Edison Laboratories, inventou uma tira de celulóide contendo uma sequência de imagens que seria a base para fotografia e projeção de imagens em movimento. Em 1891, Thomas Edison inventou o cinetógrafo e posteriormente o cinetoscópio. O último era uma caixa movida a eletricidade que continha a película inventada por Dickson mas com funções limitadas. O cinetoscópio não projetava o filme.





Cinematógrafo
Programa da primeira exibição  baseado na invenção de Edison, Auguste e Louis Lumière inventaram o cinematógrafo, um aparelho portátil que consistia num aparelho três em um (máquina de filmar, de revelar e projetar). Em 1895, o pai dos irmãos Lumière, Antoine, organizou uma exibição pública paga de filmes no dia 28 de dezembro no Salão do Grand Café de Paris. A exposição foi um sucesso. Este dia, data da primeira projeção pública paga, é comumente conhecida como o nascimento do cinema mesmo que os irmãos Lumière não tenham reivindicado para si a invenção de tal feito. 
Porém, as histórias americanas atribuem um maior peso a Thomas Edison pela invenção do cinema, quando na verdade o que ele fez foi pegar pequenos videos e exibi-los em maquinas caça-níquel, e para não perder tal fonte lucrativa sempre foi contra a exibição dos filmes em grandes salas.
Os irmãos Lumière enviaram ao mundo, a fim de apresentar pequenos filmes, os primeiros registros como um início do cinema amador. "Sortie de l'usine Lumière à Lyon" (ou "Empregados deixando a Fábrica Lumière") é tido como o primeiro audiovisual exibido na história, sendo dirigido e produzido por Louis Lumière. Do mesmo ano, ainda dos irmãos Lumiére o filme "The Sprinkler Sprinkled", uma pequena comédia. Menos de 6 meses depois, Edison projetaria seu primeiro filme, "Vitascope".

CINEMA BRASILEIRO


Em 1896, chegaram ao Rio de Janeiro aparelhos de projeção cinematográfica, em 1898, foram realizadas as primeiras filmagens no Brasil. Somente em 1907, com o advento da energia elétrica industrial na cidade, o comércio cinematográfico começou a se desenvolver.
Nesta fase predominou filmes de reconstituição de fatos do dia-a-dia. A partir de 1912, das mãos de Francisco Serrador, Antônio Leal e dos irmãos Botelho eram produzidos filmes com menos de uma hora de projeção, época em que o cinema nacional encarou forte crise perante o domínio norte-americano nas salas de exibição, os cine-jornais e documentários é que captavam recursos para as produções de ficção.

Em 1925, a qualidade e o ritmo das produções aumenta, o cinema mudo brasileiro se consolida e os veículos de comunicação da época inauguram colunas para divulgar o nosso cinema. Entre os anos 30 e 40, o cinema falado abre um reinício para a produção nacional que limita-se ao Rio em comédias populares, conhecidas como chanchadas musicais que lançaram atores como Mesquitinha, Oscarito e Grande Otelo. A década de 30,foi dominada pela Cinédia e os anos 40 pela Atlântida.

No período de 1950 a 1960, em São Paulo, paralelo à fundação do Teatro Brasileiro de Comédia e abertura do Museu de Arte Moderna, surge o estúdio da Vera Cruz que através de fortes investimentos e contratação de profissionais estrangeiros busca produzir no Brasil, uma linha de filmes sérios, industrial, com uma preocupação estético-cultural hollywoodiana e com a participação de grandes estrelas como Tônia Carreiro, Anselmo Duarte, Jardel Filho, entre outros. A Vera Cruz tinha uma produção cara e de qualidade, mas faltava-lhe uma distribuidora própria e salas para absorver a sua podução, uma de suas produções foi premiada em Cannes, o filme Cangaceiro, de Lima Barreto.

Em oposição às produções paulistas e cariocas, surgem cineastas independentes que a partir da década de 60, buscam manter a pretensão artística da Vera Cruz, como por exemplo, Walter Hugo Khouri, e uma esfera neo-realista, com o filme “Rio 40°” de Nelson Pereira dos Santos. Nesta fase há o fenômeno de filmes feitos na Bahia, por baianos e sulistas, como o “Pagador de Promessas”, é o surgimento do Cinema Novo, moviemento carioca que abarca o que há de melhor no cinema nacional, época de intensa produção e premiação de nomes como os de Glauber Rocha, Serraceni, Ruy Guerra, entre outros.


RELAÇÃO:
Desenho Animado, Cinema e fotografia.


A história da animação perde-se nas brumas do tempo, desde a era das imagens registradas nas paredes das cavernas antigas até as projeções conhecidas como sombras chinesas, porém inventadas pelos alemães. Hoje, as animações são cada vez mais sofisticadas, graças à tecnologia digital, mas o processo original consiste na elaboração individual de cada fotograma – cada uma das representações gravadas por meio de reações químicas no celulóide do cinematógrafo – de uma película. Isso é realizado por meio de registros fotográficos de figuras desenhadas; através de mínimas mutações repetidas em um protótipo primordial, com cada resultante fotografada; ou ainda por computação gráfica.
Assim que os fotogramas são conectados, o filme é assistido à velocidade de dezesseis ou mais reproduções por segundo, o que dá origem a uma sensação de movimento ininterrupto. Realizado da forma mais primitiva, este procedimento se transforma em algo monótono e mecânico, daí a importância da introdução da digitalização, que incrementa a duração da produção.
O primeiro show de projeção de sombras foi realizado em 1795, quando se apresentou ao público uma exibição de natureza histórica, de conteúdo fortemente ideológico, com o auxílio de uma lanterna movediça, dando impulso a uma animação posteriormente conhecida como 3D, embora de forma ainda rudimentar.



Vários instrumentos foram desenvolvidos para criar impressões de movimento, culminando em 1872 com um experimento do fotógrafo Eadweard Muybridge que, assessorado por um engenheiro, John D. Isaacs, valeu-se de uma seqüência de vinte e quatro câmaras escuras que captavam progressivamente a passagem de um cavalo, o qual ativava os dispositivo que, nestes aparelhos, impedem ou permitem a passagem da luz, regulando a exposição das películas sensíveis à luz, assim que suas patas tocavam em fios bem esticados, posicionados de forma a permitir essa operação.
Mas foram os irmãos Lumiére que aprimoraram estes equipamentos incipientes, ao criar o Cinematógrafo, exibido ao público em uma inesquecível sessão de cinema realizada no dia 28 de dezembro de 1895. Desta forma, não é equivocado afirmar que a história da animação se confunde com os primórdios do cinema mudo, persistindo até os nossos dias, se aperfeiçoando á medida que as inovações tecnológicas se sucedem.
O francês Émile Reynaud, inventor de um aparelho chamado praxynoscópio, mecanismo que projeta na tela reproduções desenhadas sobre fitas transparentes, foi o responsável pelo primeiro desenho animado, produzido com doze imagens e películas contendo cerca de 500 a 600 imagens, exibido no Musée Grévin, em Paris, no dia 28 de outubro de 1892.
O primeiro desenho realizado através de um projetor moderno foi Fantasmagorie, do diretor Émile Courtet, em 1908. Já na modalidade longa-metragem animado, o pioneiro foi El Apóstol, criado pelo argentino Quirino Cristiani, transmitido na Argentina, em 1917. Atualmente, as animações continuam mais que nunca no topo das produções mais lucrativas e de maior sucesso de público.

 Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_cinema
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/cinema-mudo/cinema-mudo.php
http://www.infoescola.com/cinema/historia-do-cinema-brasileiro/
http://www.brasil.gov.br/sobre/cultura/linha-do-tempo-cinema-brasileiro
http://linmarx.blogspot.com.br/2011/09/vestibular-fap-2012-resumo-do-livro.html
http://www.infoescola.com/desenho/historia-da-animacao/

sexta-feira, 15 de março de 2013

CORPO E CULTURA



Não é de hoje que o corpo vem sofrendo mutações constantes. Os gregos cultivavam e valorizavam o corpo juntamente com outros conhecimentos (arte, filosofia  matemática, entre outros) Eles acreditavam que a perfeição era um conjunto de beleza, saber e virtude.

Já na segunda metade do séc. XX assistiu-se a uma explosão do corpo na cultura, da qual somos herdeiros. Surgem novos valores que se traduzem em práticas como o culturismo e as artes da produção do corpo (body modification). A existência de uma ampla gama de procedimentos, como os regimes de emagrecimento e de modelagem do corpo, a multiplicação e disseminação de intervenções estéticas cirúrgicas e cosméticas que “corrigem” narizes, seios e outras partes do corpo.

No que diz respeito aos valores estéticos, há o culto de determinados padrões de beleza e, do ponto de vista ético, colocam-se questões acerca do que podemos ou não fazer com o nosso corpo – o que envolve domínios como o aborto, o dopping, a manipulação genética, a eutanásia, por exemplo. Mas há também aqui valores de caráter econômico, pense-se nas companhias de seguros e nos chamados seguros de vida.

Fonte: 

http://www.prof2000.pt/users/comefeito/comefeito19/page0023.htm
http://www.scielo.br/pdf/physis/v14n2/v14n2a14.pdf

terça-feira, 12 de março de 2013

SIGNIFICADO DOS GESTOS


Gesto é uma palavra que vem do latim lat. géstus,us' e significa movimento, atitude, gesto, gesticulação, esgar, visagem, careta. É uma ação corporal visível e voluntária, pela qual um determinado significado é transmitido.
O gesto é uma forma de comunicação não-verbal de um indivíduo que possuiu uma grande expressividade permitindo expressar uma variedade de sentimentos e pensamentos. É feito com uma ou mais partes do corpo, às vezes usando o corpo inteiro, mãos, braços e expressões fisionômicas. Acontece sem ou com a combinação de uma comunicação verbal podendo dar mais força à fala, ou mesmo substituí-la.
"O homem é um ser em movimento e, ao mover-se, põe em funcionamento formas de expressão completas e complexas. [...]. A expressão gestual serve tanto a intenção cognitiva, expressiva ou descritiva, quanto a referências de ordem afetiva."(Rector & Trinta, 1993, p. 21)

A linguagem do gesto
É o processo pelo qual as pessoas manipulam intencionalmente ou não ações e expectativas exprimindo experiências, sentimentos e atitudes de forma a relacionarem-se e controlarem-se a si próprias, os outros e o ambiente (Hickson e Stacks, 1985).
Estudos têm indicado que “os elementos não verbais da comunicação social são responsáveis por cerca de sessenta e cinco por cento do total das mensagens enviadas e recebidas no processo de interações humanas, nas quais o gesto tem um papel fundamental” (Rector & Trinta, 1993, p. 21).
Nesta linguagem não verbal, facilmente identificamos os seguintes gestos corporais:

Cabeça
Os movimentos de cabeça são importantes indicadores do andamento de uma interação. Os acenos de cabeça são sinais não verbais muito rápidos, mas perceptíveis. Um aceno de cabeça de quem ouve é entendido por quem fala como um sinal de atenção, desempenhando um papel de reforço e encorajamento para continuação da fala.

Olhos
A frequência, a duração e a ocasião de um olhar são fatores que permitem enviar mensagens sobre o relacionamento entre duas ou mais pessoas. Ao estabelecermos contacto visual com o outro, ele irá de alguma forma sentir-se incluido na conversa, ao mesmo tempo que podemos elimina-lo da conversa, eliminado o contacto visual. Um olhar transmite uma série de comportamentos, desde um comportamento passivo através de um olhar evasivo, ou um olhar direto e terno que pode indicar carinho, consideração, entre outros.

Mãos
Estes gestos podem ser executados por uma ou duas mãos. É a categoria de gesto com maior ocorrência devido a habilidade e precisão da mão humana em adquirir um grande número de configurações claramente perceptíveis. Daí a importância que se atribui à língua de sinais, que não será tratada aqui. Os movimentos de mãos que fazemos quando falamos são fortemente interligados com a nossa fala no tempo, no significado e na função. Ignorá-los é ignorar uma parte da conversação.

Posições do corpo
Um dos aspectos importantes da comunicação não verbal é a postura. Esta designa os modos de nos movimentarmos, sendo algo que se vai adquirindo com o tempo e com os hábitos. Este sinal, é em grande parte involuntário, mas pode participar de forma importante no processo de comunicação. Em todas as culturas existem muitas formas de estar deitados, sentados ou de pé e posturas variadas que correspondem a situações de amizade ou de hostilidade, bem como posturas que indicam um estado ou condição social, entre outros.

Movimentos do corpo
A maneira como um indivíduo estrutura o seu micro-espaço é feito de forma inconsciente, sendo esta uma questão sempre relacionada com a situação, o ambiente e a cultura.

Expressão facial
O canal privilegiado de expressar as emoções é o rosto. Todos nós temos uma série de máscaras e movimentos faciais que utilizamos de acordo com aquilo que queremos transmitir. As expressões faciais desempenham diversas funções, tais como, expressão das emoções e das atitudes interpessoais, o envio de sinais inerentes à interacção em curso e a manifestação de aspectos típicos da personalidade de um indivíduo.


Alguns significados...


 


ATITUDE DE PONDERAÇÃO

1 - Colocação da mão no rosto;
2 - Cabeça inclinada;
3 - Coçar o queixo;
4 - Olhar por cima dos óculos;
5 - Retirar os óculos para limpar;
6 - Morder as hastes dos óculos e
7 - Agarrar o nariz com os dois dedos.

ATITUDE DE FRUSTRAÇÃO

1 - Respiração curta;
2 - Mãos muito apertadas;
3 - Punhos cerrados;
4 - Passar as mãos nos cabelos e
5 - Coçar a nuca.

ATITUDE DE INSEGURANÇA

1 - Morder o lápis;
2 - Esfregar um polegar no outro ;
3 - Roer as unhas e
4 - Mãos nos bolsos.


ATITUDE DE CONFIANÇA

1 - Mãos atrás das costas;
2- Mãos nos bolsos do paletó com os dedos polegares para fora;
3 - Mãos segurando a lapela do paletó.

ATITUDE DE MEDITAÇÃO

1 - A face palmar do indicador pode apoiar - se totalmente sobre os lábios ou sobre o mento e a face palmar do polegar apóia - se sobre a região do ângulo da mandíbula.

GESTO DE ÓDIO E DE ABOMINAÇÃO

1 - Os dedos estão separados uns dos outros, com as últimas falanges encurvadas em ângulo reto, enquanto as outras falanges estão em extensão e tomam o aspecto de garras.

ATITUDE DE NERVOSISMO

1 - Tosse seca;
2 - Suspiro , assovio;
3 - Compulsão para fumar;
4 - Desviar o olhar;
5 - Torcer as mãos;
6 - Suor.

ATITUDE DE COOPERAÇÃO

1 - Sentar na beirada da cadeira;
2 - Inclinação do corpo para frente;
3 - Mãos espalmadas;
4 - Desabotoamento do paletó e
5 - Cabeça inclinada.

Postagem: Jardélio Santos

Fonte: http://cantinhodoeducar.blogspot.com.br/2009/07/significado-dos-gestos.html
http://psicolinguistica.letras.ufmg.br/wiki/index.php